terça-feira, 6 de julho de 2010

Construíndo Mapas Conceituais

Professora Maristela, nesse dia eu não estava na aula.

Das Salas de Aula aos Ambientes Virtuais de Aprendizagem

- Várias mudanças na maneira de ensinar e de aprender;
-É difícil pensar que as atividades de ensino-aprendizagem possam ocorrer exclusivamente em ambientes presenciais;
-Organização de novas experiências educacionais em que as tecnologias possam ser usadas em processos cooperativos de aprendizagem;
-O uso intensivo de novas técnicas e tecnologias, faz com que a aula se expande e incorpora novos ambientes e processos por meio dos quais a interação comunicativa e a relação ensino-aprendizagem se fortalece;
-O uso maior das tecnologias digitais nos ambientes escolares;
-Relação entre educação e tecnologias;
-Professores e alunos precisam analisar situações inesperadas e complexas vindas das diferentes áreas do conhecimento, tanto no ensino presencial como no ensino à distância;
-Ambientes digitais de aprendizagem;
-Novas realidades educacionais são desafios para pensarmos sobre a realidade da escola e da atuação do professor e alunos;
-As tecnologias são oportunidades aproveitadas pela escola para impulsionar a educação;
- Novas necessidades de reorganização das políticas educacionais, da gestão e das formas de avaliação da educação;
-Uso criativo das tecnologias pode auxiliar os professores;
-A relação professor/aluno pode ser profundamente alterada pelo uso das tecnologias.

A Utilização de Recursos Tecnológicos na Educação Infantil

- A preocupação de profissionais na área da educação;
-Preocupação básica a análise do uso de recursos tecnológicos como recurso pedagógico, no processo de aprendizagem;
- Muitos professores consideram a tecnolofia uma ótima ferramenta para enriquecer aulas;
-Difícil de imaginar a educação sem as tecnologias em sala de aula;
-Processo de aprendizagem ao uso dos recursos informatizados na educação;
-A necessária a mudança de postura do professor em seu trabalho cotidiano;
-Os professores devem serem preparados para desenvolver as competências na sala de aula;
-Uso das tecnologias na educação como recursos na ação pedagógica, conhecimentos teóricos necessários para refletir, compreender e transformar esta ação;
-Exigências apresentadas pelo mercado de trabalho e por nossa sociedade do conhecimento;
-Através da pesquisa de campo, instrumento que permite diagnosticar com mais fidelidade a utilização das tecnologias na educação, é que podemos perceber a importância das tecnologias na sala de aula ;
-Várias sugestões de como a escola poderia desenvolver melhor as tecnologias na educação.

Auto Avaliação dos Programas

Nos nossos encontros no componente curricular Ambientes Virtuais na Educação desenvolvemos muitas atividades importantes para nossa formação. Um exemplo foram as histórias em quadrinhos que foram bem desenvolvidas e divertidas, dentro delas podemos trabalhar com nossos alunos de forma prazerosa, proporcionando uma nova aprendizagem,com criatividade, com raciocinio, concentração e atenção.

Já o programa para rádio Audacity, é bem interessante pois dispõe de várias habilidades que são utilizadas, como o trabalho em equipe, a boa interpretação e postura vocal, a dicção e oratória, os efeitos sonoros, musicais, esses programas podem ser produzidos com as informações culturais,podem ser os canais de divulgação do trabalho da escola e da comunidade.

Outro exemplo foram os vídeos que produzimos, no programa Movie Maker, que nos proporcionou a montagem de clipes de diversas maneiras, muito interessantes, podemos utilizar na sala de aula com os alunos utilizando muitas técnicas e habilidades como colocar imagens, sons, textos, efeitos e muito mais.

TEORIAS DA AÇÃO COMUNICATIVA

A pedagogia escolar surgiu no século XVII. É uma ciência da educação, processo escolar ( ensinar – aprender ). A Pedagogia se refere a dimensão da vida humana, da constituição humana, , cultura humana ( eu – coisas ), sociedade humana ( eu – outro ), personalidade / subjetividade ( eu – eu ), nos constituímos pedagogicamente, ela começa ainda na gestação. A pedagogia é uma base de formação( formatação ), as gerações novas sempre são formatadas pelas gerações antigas, a relação que os filhos tem com os pais é uma relação pedagógica ( como o cuidado, a dependência ), assim como a relação entre a escola e os pais que também é pedagógica. Toda relação pedagógica é uma relação tencional, se ela não tenciona ela não cumpre sua função.
A escola é um lugar de ensinar e aprender, é o lugar da aprendizagem mais rápida, onde o professor tem que estar atualizado na maneira em que a sociedade vive, tornando comum uma cultura, sendo que a educação só ocorre se nós nos tornarmos os protagonistas, os autores da nossa vida.
Não há educação sem autoridade, não transferimos conhecimentos através da educação. “ Educar não é transferir conhecimentos, mas criar as condições para sua construção e reconstrução” Paulo Freire.
Conforme texto da apostila “ A questão central da educação é a da mediação das aprendizagens, condição para o próprio processo de humanização do sujeito... ” “ A educação escolar sempre deve ser vista na perspectiva da otimização das aprendizagens que, obviamente, já ocorrem no âmbito da família e em outros ambientes de interação humana ”, “ Pensar criticamente o fazer escolar significa pensá-lo com base em critérios e referenciais que possibilitam a compreensão das diferentes situações que ocorrem no cotidiano escolar, permitindo o encaminhamento justificado de soluções. É ai que se situa a diferença fundamental entre uma pedagogia de escola e uma pedagogia familiar, por exemplo ”, “ A educação, portanto, sempre se refere a esse sentido de cuidado que os pais, as gerações mais velhas, os que vieram antes, enfim, os que tem experiências para contar ou aprendizagens a testemunhar tem para com os filhos, as gerações mais novas, os que vieram depois e a quem interessa contar com o que os outros já experimentaram, já aprenderam ”.
O curso de formação implica em conhecimentos, todo conhecimento é uma criação, e ao ser aprendido ele é transformado e incorporado, é algo que nos altera, sempre está sustentado nos sentidos, é inacabado, o conhecimento só se mantém se for aprendido. Todo e qualquer conhecimento aparece como algo partilhado ( eu – outros ), processo de significação. O conhecimento que aprendemos depende de cada ser em si, de cada ser próprio, singular, é individualizado, em ritmo diferente em cada um. Quando o professor expõe um conteúdo igual para todos os alunos, cada um deles aprende do seu modo, “ Ex: quando o professor fala da casa de seu pai, ele vai falando como é a casa do pai, eu vou imaginando com algumas recordações que já tenho, outros colegas vão imaginando com suas recordações, mas nós não podemos saber o que se passa na cabeça do professor, eu e meus colegas temos a nossa imagem mas não a imagem do professor ”. Conhecimento é uma relação social, uma capacidade comunicativa, capacidade de estabelecer relações com os outros e com o mundo cientifico ( natureza ), social ( outros ) e subjetivo ( consigo ), a base do conhecimento não é uma construção, mas sim uma descoberta, um entendimento, uma construção intersubjetiva, conhecimento não existe fora de sujeitos e também não se passa, não se transmite de um para outro. Todo ato de conhecimento é criação, e quando é recriado chama – se de situação pedagógica de aprendizagem. Conhecimento é algo que um sujeito tem que diz respeito a um objeto, é construído à luz do universo de referências e sentidos do aprendente, perspectiva própria e única, todo aprendizado é pedagógico. O nosso auto-conhecimento se dá pelas manifestações dos outros, eu sei o que sou a partir do que os outros falam de mim. Não somos cópias de nossos pais pelo conhecimento e sim pelos gêns. Se eu tenho um conhecimento eu saberei passar esse conhecimento de alguma maneira para os outros, eu me transformo transformando os outros, toda transformação requer sofrimento, tudo tem seu custo. Cada um que vai ter o conhecimento vai se transformar por uma percepção conferindo sentido a esse conhecimento ( saber falar ).
Conforme Piaget, “ aprendizagem é a construção de novas relações ”. Aprender é compreender razões, motivos, é preciso saber entediar – se, se esforçar. “ Paradoxalmente temos que nos esforçar para sermos o mais claro possível na expectativa de que nosso interlocutor nos entenda ”, implica em transformar-se, aprender coisas novas, constituir-se, ampliar possibilidades humanas. Nada se aprende sem complexidade, sem envolvimento, sem tencionamento, sem disciplina, sem projetar – se. Cada pessoa entende as coisas da sua maneira, com seus pensamentos, entendemos as palavras que as pessoas falam, mas não o sentido que as palavras formam na mente dessas pessoas.
A linguagem é uma base do conhecimento, do mundo humano, uma forma de constituição dos sujeitos, sentidos como próprio de cada um, razão como “ coisa nossa ”. Eu sei o que sou a partir do que os outros falam de mim. A linguagem serve para provocarmos, instigarmos, não para transmitir. Os homens não se fazem ( criam ) sozinhos, eles precisam se socializar com os outros, só construímos conhecimento na relação com outros sujeitos, saímos da verga porque nos comunicamos.
Para me constituir professor eu tenho que aprender primeiro, tenho que me transformar. O educador sempre é ensinante e aprendente ao mesmo tempo, ele tem capacidade de enxergar a criança, de mostrar um mundo novo, de provocá – la, desafiá – la, instigá – la ao novo, o professor tem que ser 100% provocador, pois ele é o suporte dinâmico, é ele que domina e conhece teoricamente o processo ensino-aprendizagem. Paulo Freire diz que “ ninguém educa ninguém, e ninguém se educa sozinho”. A docência é o testemunho da própria aprendizagem mediante diálogo investigativo, o testemunho é a principal forma para equivaler a aprendizagem, o conhecimento, o professor tem que estudar, pesquisar, gostar e demonstrar o conhecimento para os alunos. “ O professor pode dar o testemunho de sua experiência, de sua aprendizagem, de sua pesquisa, de como elaborou percepções acerca da realidade e de como adquiriu habilidades, competencias, incorporou atitudes... do educador se requer que ele tenha aprendido antes. Não há como dar testemunho de algo que não se aprendeu, de algo que apenas se copiou ”.
A pesquisa é busca, investigação, querer saber mais, querer aprender, conhecer, é envolvimento, instigar a curiosidade, ter o aluno como sujeito agente do processo. Os projetos de pesquisa servem para termos aprendizagens exemplares / aprendizagens significativas nas escolas e salas de aula. “ A pesquisa tenta compreender os possíveis sentidos do ‘ensinar e do aprender’ na mediação da docência ”

domingo, 4 de julho de 2010

PAULO FREIRE: Os processos de conhecer/aprender e relação professor/aluno

Na obra “ Pedagogia da Autonomia ” Paulo Freire explica suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação a liberdade de ser e de saber do educando. É muito importante o respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, sendo que ele é um sujeito social e histórico, a escola é o lugar onde a criança traz o que sabe e o que o professor tem para apresentar, oferecer, não transmitir conhecimento para o aluno, pois ensinar não é transmitir conhecimentos, mas sim, dar a condição para que a criança possa avançar. Devemos respeitar à autonomia e a dignidade de cada ser humano, sendo que essa autonomia se constitui em cada ação que nós fazemos, em cada ato feito. Acredita que “ formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas ”, a ética é essencial para o trabalho do educador.
Em Paulo Freire, educar é construir, é libertar o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal, reconhecendo que a história é um tempo de possibilidades. É um “ ensinar a pensar certo ”. É um “ ato comunicante, co-participado ”, de modo algum produto de uma mente “ burocratizada ”. Então, toda a curiosidade de saber exige uma reflexão crítica e prática, de modo que o próprio discurso teórico terá de ser aliado à sua aplicação prática.
Assim nós educadores e educandos somos seres que estamos em constante aprendizado, podendo transformar a realidade, conhecer é transformar a realidade, o mundo se transforma transformando os homens. A prática pedagógica não depende somente do professor, como também a aprendizagem não depende somente do aluno, quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender, “ não há docência sem discência ”, pois “ quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado ”. O professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem.
“ O professor que pensar certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo , como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas, histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo tem historicidade. Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro antes que foi novo e se fez velho e se ‘ dispõe ’ a ser ultrapassado por outro amanhã. Daí que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente ”.
O professor precisa de uma compreensão mais aprofundada do aluno e seu desenvolvimento na escola, é muito importante um vínculo afetivo para que se possa compreender as necessidades e o comportamento dos alunos, assim como suas limitações. Quando há a valorização dos alunos, das idéias diferentes e soluções criativas para diversos problemas, há também um ambiente favorável ao aprendizado, precisamos despertar no educando a curiosidade, a criatividade, o gosto pela busca da informação, do conhecimento, aprender de forma crítica. A curiosidade é um fato muito importante para a constituição do sujeito, para o conhecimento.
“O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”. (FREIRE, 2002, p.73).
Segundo FREIRE (1996:96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula assim é um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.” Um bom professor torna suas aulas instigantes e estimula a participação do aluno; explica o conteúdo de forma clara, utilizando técnicas e assuntos relacionados à vida do aluno. Esta interação deveria ser a mais importante de todas as interações sociais que ocorrem no ambiente escolar, pois é o grande meio pelo qual se realiza o processo ensino-aprendizagem.
Freire ressalta a necessidade dos educadores criarem as possibilidades para a produção ou construção do conhecimento pelos alunos, num processo em que o professor e o aluno não se reduzem à condição de objeto um do outro. Insiste que ... “ ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção ” (FREIRE, 2003, p. 47), e que o conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente pedagógico. O professor tem que dar testemunho de seu conhecimento, pois o testemunho é a principal forma para equivaler a aprendizagem / conhecimento, eu como professor tenho que estudar, pesquisar, gostar, demonstrar o conhecimento. A docência é testemunho da própria aprendizagem;
A relação professor / aluno tem que ser uma relação harmoniosa, com muito respeito em ambas as partes, de compreensão, de instigação, de muito diálogo, pois é à partir do diálogo que se dá a maior parte do processo de ensino – aprendizagem, é através dele que descobrimos a realidade do aluno, podendo assim partir de um pressuposto para seu estudo. O educador deve estar aberto a aprender e trocar experiências com os educandos, criar aulas dinâmicas, com metodologias diferenciadas.
Nesta obra, Paulo Freire nos instiga a pensar na forma que estamos agindo como educadores e educandos, tendo que haver o diálogo, a compreensão entre ambas as partes, respeitando as diferenças e os desafios que nos são lançados.